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Câmara Municipal queixa-se à ANACOM pelo deficiente serviço de Internet no Concelho
09 fevereiro, 2021

Câmara Municipal queixa-se à ANACOM pelo deficiente serviço de Internet no Concelho

O Município de Miranda do Corvo enviou hoje (terça-feira) um novo ofício à Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) para se queixar da deficiente cobertura de internet no concelho. Tal como já tinha feito em abril do ano passado, o Presidente da Câmara, Miguel Baptista, recorda que os locais mais prejudicados são as aldeias das freguesias de Vila Nova, Lamas, Semide e Miranda do Corvo mais afastadas da sede do concelho.
 
“A capacidade infraestrutural instalada por parte das operadoras não é suficiente para responder às necessidades de acesso à escola por meios digitais ou de teletrabalho. Na grande maioria destas aldeias, não é sequer possível ter mais que um computador ligado à internet em simultâneo”, recorda o autarca junto da entidade reguladora nacional das comunicações eletrónicas.
 
Miguel Baptista diz ainda que existem locais que ainda não servidos por fibra ótica, estando o serviço de internet apenas disponível por ADSL e “com qualidade deficiente”. Em relação à cobertura de rede móvel, esta mostra-se “inadequada para responder às necessidades”. “A cobertura de 4G é muito reduzida, em 3G é insuficiente, havendo mesmo aldeias sem cobertura de rede móvel”, refere.
 
A Câmara Municipal relembra ainda que a 24 de junho havia enviado à ANACOM um levantamento exaustivo por freguesia e por aldeia do tipo de cobertura disponível: fibra ótica, ADSL e rede móvel.
 
“Com o regresso das aulas através da internet, surge o receio que muitos alunos não consigam acompanhar devidamente as aulas, por falta de qualidade da ligação de dados. Têm surgido diversas queixas de munícipes impossibilitados de realizar as suas tarefas laborais em regime de teletrabalho, além da situação agora agravada com o regresso do ensino à distância, o que causa inadmissíveis prejuízos aos alunos”, refere no ofício.
 
Tal como já tinha feito no ano passado, o município e as juntas de freguesia voltam a mostrar a sua disponibilidade “para colaborar com a ANACOM e as operadoras para resolver ou menorizar este problema, que poderá causar graves desigualdades entre a população”. O objetivo é permitir que todos os alunos do concelho possam ter acesso a um serviço que lhes permita “acompanhar devidamente as aulas” ou os trabalhadores possam estar em regime de teletrabalho.